Raio


Sou um viajante sem alma ou coração, sou um viajante frio e sombrio que nunca teve o seu final feliz. Sou aquele que vagueia entre os mundos, o que passa e ninguém vê, o que chora e ninguém ouve.

Sou um viajante que se encontrou no deserto, e quando dei por mim tu estives-te sempre á distância de um simples “olá”, conto as horas, os minutos para te puder dizer o quando tu és importante, e sabes porque? Porque hoje faz um mês, um mês que de repente fiquei tão diferente, onde dei a volta tão devagar que nem sai do meu lugar, tenho de agir e deixar de pensar, deixar-me levar pelo que sinto e não pelo que me dizem.

Sou um viajante que fez um juramento, até que do dia para a noite apareceu um raio de Sol no meu mundo, e do nada mudou, mudou tudo o que existia, faz hoje um mês que tudo mudou. Mudaram as sombras, os amigos, os sentimentos, sei que as palavras levam-nas o vento, mas o que digo não, o que digo e sinto fica bem preso na terra ao dia em que essa semente morra, até ao dia em que me tornar novamente no viajante que conheces-te, naquele ser frio e sombrio que nunca teve um final feliz.

Sou um viajante que anda de mão dada com o tempo, pois mudo e mudo sempre o destino, consegui fugir ás suas rasteiras até ao dia em que do nada esse mesmo raio de Sol me tapou a visão e cai nessa rasteira feita no meu próprio mundo.

Faz hoje um mês… Quero-te comigo… Prometes?

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