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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Palavras

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A dor pode ser algo que todos temos em comum. Mas é diferente em cada pessoa. Pois não é apenas a morte que temos de chorar, é a vida, é a perda, é a mudança. E quando nos perguntamos porque tem de ser tão mau de vez em quando, porque tem de doer tanto, temos de nos lembrar que tudo pode mudar de repente. E é assim que nos mantemos vivos. Quando dói tanto que nem conseguimos respirar? É como sobrevivemos. Recordando aquele dia, de certo modo, impossivelmente, não te sentirás assim. Não irá doer tanto. Pois é certo que a dor chega na altura própria para cada pessoa. Ao seu modo. Portanto, o melhor que podemos fazer, que alguém pode fazer, é tentar ser honesto. Enfim… O que é mesmo chato, a pior parte da dor, é que não conseguimos controlá-la. E por isso o melhor que podemos fazer é permitir-nos senti-la quando chega e deixá-la partir quando conseguirmos. Mas no fim de tudo… o pior é que, quando pensamos que já a ultrapassámos, começa de novo. E de cada vez que começa…ficamos sem fôlego.

8 de Maio

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“O que queres tu de mim?” É a pergunta que está permanentemente dentro da minha cabeça. Pergunta que questiono a mim mesmo a todo o tempo, constantemente. Aproxima-te de mim, deixa-me observar-te completamente. Acalma a tua respiração ofegante, pois é necessário ter calma neste situação. Senta-te, não a meu lado, mas sim rigorosamente perto de mim, para que não deixe de observar o teu olhar. Reflecte bastante, liberta a tua mente, e responde-me: “O que queres tu de mim”? Momentos de puro silêncio contemplam o momento. Estou petrificado, à espera da tua sincera e verdadeira resposta. Olha-me nos olhos, e responde-me. Apenas escuto a tua respiração ofegante, como quem tem algo importante a dizer, mas falta-lhe a coragem. A minha respiração? Congelou com o silêncio. O tempo passa, e o mero silêncio mantém-se. Estou a dar em doido, num estado de pura a sadia loucura. No meio do silêncio, escuto os ponteiros do relógio a “marcar” as horas – Já se faz tarde. Reparo no tempo que gastei em ti,