Falei


Quis saber o porque, quis dizer-te o que sentia, quis sair do poço antes de chegar ao fim e ficar para sempre como viajante.

Não posso esquecer, não posso apagar, não te posso matar, pois isso não iria mudar o que sinto, simplesmente perguntei por mim, quis saber quem sou, o que faço aqui, de quem me esqueci, quis saber de ti. Perdi o coração, jurei a mim mesmo que não o iria voltar a ter, não iria voltar a olhar para tal sentimento que me pudesse magoar. Sim! Sim, lutei contra isto, mas mesmo tempo lutei contra sombras para puder ir atrás do que me fazia bem, tudo isto para puder ter um simples olhar vindo de ti, não pedia um beijo ou gesto, o teu olhar bastava.

Sabes o porque disto? Porque numa sala de 1000 pessoa, foste tu que me agarras-te, sabias quem me rodeava mas mesmo assim ofereceste-me a tua amizade, o teu carinho, mas do nada o silêncio veio e levou isso, levou o olhar, o falar, levou-te a ti mas deixou-me a mim e não, não penso mal de ti, pois todos somos humanos, e eu, muito menos eu sou perfeito.

Sei que nunca irás ler, nem sentir o que sinto, apenas quero que saibas que te entrego a chave da minha confiança, felicidade e alma, mesmo sabendo que talvez nunca lhe irás dar uso, confio-te na mesmo, pois sem ti… sem ti torna-se difícil respirar, torna-se exaustivo viver neste silêncio, e sabes porque? Porque me tornei viajante, sem alma ou coração.

Podia dizer “Amo-te”, mas não, sei que tanto estas palavras, sentimentos irão ficar perdidos no vento, simplesmente quis saber o porque, perguntei por mim, mas não o mar não me trás nada a não ser isto, silêncio.

Sou viajante, sem alma ou coração, perdi a paz e a dor prendi, mas mesmo assim, embora viajante frio e sombrio não deixo de ser quem sou para contigo, pois amizade foi o que nos uniu.
“GOSTI”

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