Momentos


A minha alma não tem querer nem saber, não sente culpa nem vontade, não sente dor nem amor.

É assim que me defino, é assim que me olho todos os dias ao espelho, é assim que me deito e acordo a cada amanhecer. Não sou mais nem menos, não sou actor nem professor, sou simplesmente quem faz escolhas da sua vida, quem procura o seu próprio caminho, alcanço as minhas metas e mato os meus próprios demónios sejam eles quem forem!

Recomeçar, algo que qualquer ser humano tem medo de fazer, pois o receio de perder algo está sempre gravado no seu saber, mas para mim não, perdi esse receio, perdi o medo de recomeçar e agora sim, encontro-me no princípio do fim, um caminho complicado sim, mas complicado quando a força de olhar em frente é falsa, são meras palavras! Não me considero má pessoa, simplesmente agora digo que sou uma pessoa sombria e fria, sou aquele ser que em tempos fez tudo pelos “amigos” e quando precisou ficou sozinho, sou aquele que por amar a pessoa errada perdeu as pessoas que pensava serem suas “amigas”, nesta minha fase digo que amigos? Talvez tenha um o que já é bom, mas sim, conhecidos tenho muitos.

Culpei-me por esta perda, sentia-me um poço que a cada dia que passava enchia-se de água e eu ali dentro a desaparecer, pois pensava que se eu desaparece-se ninguém iria sentir a minha falta, mas não é isso que importa! A realidade é que eu tenho de sobreviver por mim e não pelos outros, aliás ninguém deve sobreviver por ninguém, pois nós somos responsáveis por nós próprios, se nós não repararmos em nós próprios mais ninguém o vai fazer. Se me arrependo de morar num sitio onde ninguém fala comigo? Nem por isso, só me fortalece mais, se me arrependo de amar quem amo? Claro que não!

Só me arrependo daquilo que não fiz…

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sou Viajante

Palavras

Sozinho