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Energia

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Hoje escrevo. Escrevo sobre mudança, energia, metas, amor próprio. Desde Janeiro, e sem dar conta, fui alcançado outro patamar na minha vida, fui observando o que me rodeia com mais afinco, fui me olhando cada vez mais no espelho, não para me gabar ou auto elogiar, mas sim para observar bem fundo dos meus olhos e perceber. Quantos de nós é capaz de dizer que se conhece a si próprio? Eu não o era capaz, até que sem dar conta de nada fui me conhecendo novamente. É assustador redescobrir a nossa própria energia, tentar perceber quem é aquele ser reflectido nos espelhos. É assustador reaprender a estar sozinho, aprender a dizer "não" aos nossos amigos e ficarmos na paz da nossa casa, ignorar mensagens das redes sociais de pessoas que fazem colecção de beijos. Foi assustador, para mim, porém é isso que é a verdadeira paz, a verdadeira felicidade, amor. Hoje reaprendi a sentir a minha energia, cresci. E não, nada destas redescobertas se devem a coração partido, nem nunca dev

Um Ano

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 Um ano e cá estou eu... Hoje escrevo para ti, não como um simples texto, mas sim numa carta que num irás ler.  Sempre pensei que este dia me fosse passar ao lado, tal como passou-te, porém ficou marcado em mim como uma tatuagem que fazes quando estás no auge na adolescência e nem pensas nas consequências. Hoje escrevo-te pois faz um ano que tudo terminou, um ano que bati o pé.  Hoje olho para trás e sinto um misto de emoções, e por mais que penses o contrário, nunca tive raiva de ti, nem mesmo ódio.   Lembras-te de como tudo começou? Os dois cheios de frio numa noite de Março, sem televisão, simplesmente a competir num jogo estúpido ao telemóvel e do nada, sem pensar nos certos e errados fiz-te o pedido, eram 00:17h. Lembro-me da tua cara de espanto, onde o olhar dizia "finalmente!", só me deste a resposta passado uns 20 minutos... Esse "SIM" que me encheu de alegria e foi com essa simples palavra que começou... Começou a nossa história, começou o meu mun

Deixei

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 Bem, cá estou eu... Voltei, não por completo, mas voltei.  Desde a última vez que cá estive tanta, mas tanta coisa mudou... Mudou a morada, os sonhos, as conquistas, os amigos, a família, enfim. Tudo mudou. Ao longo destes meses pensei ter finalmente deixado de ser o Viajante ao Vento, mas afinal estava redondamente enganado, ele esteve sempre comigo, aliás ele e eu somos unicamente um ser, porém por vezes esqueço-me...  Hoje olho em meu redor e não sinto nada, olho ao espelho e não reconheço aquele ser ali reflectido. "Quem és tu?", "Deixas-te tudo isto acontecer porquê?", "Que vais fazer agora?!"... São estas as questões que vagueiam, ainda do que resta da minha mente mais elucidada... Hoje não aguentei aquele reflexo e simplesmente parti em mil pedaços esse objecto que me persegue, esse reflexo que me relembra todos os dias as cicatrizes no meu corpo e na minha alma e que fui obrigado a trazer comigo na pouca bagagem que ainda me resta.  F

2015

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2015… Bem, por onde começar? Este ano foi uma autêntica montanha russa. O ano passado não fiz nenhum balanço em palavras sobre 2014, digamos que fiz apenas um balanço mental, pois considero 2014 como o ano das perdas para mim. Mas bem, falemos deste ano que está a terminar. Olho em volta, sinto o vento e sinceramente não dei pelo tempo passar por mim, só sei que o tempo avança pois o frio e o calor me fazem lembrar de tal. Foi neste ano que fechei de vez a porta para o dito “amor”, fechei por pura opção, já conheço o jogo, as regras, as faltas… Considero que este ano tive mais conquistas que perdas. Consegui chegar ao 2ºano do meu curso e destacar-me pela positiva no estágio. Mentalizei me que perdi definitivamente algumas pessoas que antes eram como pilares na minha vida. Deixei de ser a puta, o drogado que outrora o era… Deixei de confiar, aprendi a desconfiar e talvez diga que “matei” de vez o Soares para deixar de vez o “Subtil”. Sim, inconscientemente fui fazendo ta

Raiva

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Hoje escrevo... Escrevo não com o sentimento de tristeza ou solidão, mas sim de ódio! Ódio! Raiva! Dor! Fartei-me da raça humana, dos sorrisos falsos, das falsas preocupações, dos falsos amores, das falsas noites de sexo, dos falsos sentimentos, dos falsos... Poderia encontrar mil e um sinónimos, porém de nada me iria servir. Nestes últimos meses a minha vida deu uma volta de 180 graus, deixei de reconhecer as pessoas que comigo vivem, as pessoas que me rodeiam durante o dia. Cai numa ilusão chamada de "gosto de ti", que idiota que fui... Talvez deixei-me ir porque no final de contas, no meio desta confusão era aquilo que me acalmava, me fazia sorrir. Senti-me com voz, mas não conseguia falar. Lutei para conseguir falar... No entanto, e como já é normal na minha vida, foi tarde de mais. Na realidade o ser humano só pensa numa coisa, sexo... Momentos de puro prazer, os sentimentos? Bem esses fica para quando houver oportunidade. Não me venham com as histórias de que ti

"Se eu morresse amanha, o que me dizias hoje?"

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Voltei... Senti novamente esta necessidade de escrever, de libertar os meus pensamentos. Hoje andei, decidi andar por ai... Sentir novamente o vento pela minha pele, o sol aquecer-me o que resta de mim. Foi então que como uma memória trazida pelo vento, lembrei-me de uma pergunta que me fizeram nos meus 18anos... "Se eu morresse amanha, o que me dizias hoje?" Nestes últimos dias tenho pensado nisso, só gostaria de saber que sou "importante" para alguém... Serei a única pessoa que se questiona em relação a isso? Se eu desaparecer, alguém irá dar pela minha falta? Alguém irá chorar? Alguém me vai procurar? Aqui fechado neste meu quarto, olho em volta mais que uma vez, já nem sinto as sombras a passearem entre os meus escassos suspiros. Guardei fotos de pessoas que outrora eram as tais, rasguei cartas dos amores que coleccionei, pus numa gaveta bem funda presentes de amizades que pareciam nunca ter um fim. No meio deste misto de lembranças e dor... Percebi que

Cá estou eu

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Cá estou eu, novamente... Não sei ao certo o que estou a fazer aqui, o que irei escrever. Nem sei ao certo o que estou a sentir, se é que sinto alguma coisa que seja em mim. O que é isto? O que é a vida? Cair sete e levantar oito vezes? Sorrir depois de termos levado a maior bofetada da vida? O que é o amor? O que é o destino? Alegria, tristeza, emoção... Não será tudo uma mera ilusão? De quantas maneiras pode a alma de um ser humano sem quebrada? Em quantos pedaços pode essa mesma se quebrar, dividir? Talvez a minha mente esteja apenas a divagar demais, talvez o meu problema seja esta solidão constante... Este defeito de não conseguir preservar as pessoas à minha volta, viver de lembranças, de pequenas memórias que ninguém irá entender. Ninguém as irá entender pois essas pessoas não estavam lá, o meu círculo de amigos é como uma grande montanha russa que a cada subida perde a força, ou seja, eu vou perdendo amigos, pessoas, sorrisos, olhares. A cada descida dessa montanha ru