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A mostrar mensagens de março, 2010

Mudou

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Outra noite sem dormir, outro pedaço de mim que perdi. O meu mundo já não é o mesmo, o silêncio parece quebrado, a escuridão é fraca e a barreira que nos divide está cada vez mais ténue. Sinto o chão a tremer, até mesmo o poço que outrora me dava conforto está indiferente para o que sinto, para o que luta dentro de mim, as sombras essas então são cada vez menos, o meu mundo deixou de ser perfeito, deixou de reinar o que outrora eu chamava de poder sobre mim, sinto que o meu estatuto de viajante frio e sombrio está a chegar ao fim, agora sinto cada vez mais o vento que vem desse mundo, sou chamado de viajante ao vento, viajante que diz palavras ao vento. Palavras essas que nunca mais ninguém irá ouvir, ou sentir vindas de mim, o meu mundo está a ficar transparente, isto acontece a cada lágrima que de mim liberto, a cada passagem que concretizo, a cada suspiro em vão… Mas a culpa de isto é minha, fui eu que jurei nunca sair do meu mundo, jurei nunca ir em busca da minha alma nem recupera

Poema

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Ando e balanço Nisto que chamo de… Talvez de sentimento. Mas perdido ou achado? Sentimento perdido Alma feliz no desejo, Desejo esse que relembra O mais doce sonho, O mais cruel pesadelo. Vejo-te aqui, E perco-te assim, só Com um simples balanço Caio em mim e relembro que não. Que não estás aqui, Nem ali, és um espírito, Uma sombra, nada mais Que um puro andamento do desejo.

Pensei

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Mais uma noite sem dormir, mais uma noite sem te puder dizer o que realmente sinto, mais um pedaço de mim que perdi. Hoje deitado sobre a cama senti uma aragem vinda do nada, as janelas estavam fechadas e a porta encerrada, olhei em volta nada de anormal vi, estava no meu quarto, frio, escuro, sombrio, sozinho… sem ti. Veio ao pensamento o dia que te vi, enfim tudo o que te envolvia estava lá, estava no meu pensar no meu sentir, lágrimas correram pela minha face que em tempos sorria só de prenunciar o teu nome, mas não, o coração diz que devo continuar a lutar por ti, mas a cabeça diz que não. Deitado sobre a minha cama num escuro isolador visualizei uma balança, balança essa onde pesei tudo até hoje, sentimentos, brincadeiras, emoções, conversas, pequenos detalhes… tudo resumido, foram momentos. O coração disse-me para te procurar, para dizer mais uma vez o que sinto, mas não, a cabeça diz que não, diz que não vale a pena continuar a nadar contra a corrente, não vela a pena querer par

Mundos

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Hoje o tempo voltou a parar, parou no ponto de saturação, talvez isto acontece porque sou um viajante que atravessa os mundos, talvez não seja bem vindo neste mundo, talvez nunca devesse ter saído do meu mundo de silêncio e escuridão, nunca devesse ter atravessado essa barreira. Mas não me arrependo, atravesso mundos, atravesso a barreira em busca daquele olhar que me salvou do fundo do poço, do fim, da destruição. Se voltei a ver esse olhar? Não, nem nada que se escureça, o que tenho visto nem me lembra a Lua. Sou um viajante frio e sombrio que quando atravessa os mundos quase que não chega a tempo, e isso faz-me sentir nú e ao mesmo tempo sinto que a Terra estremece com isso, pois sabe bem ter-te por perto, sabe bem tudo tão certo, mas não, sou um viajante que procura o impulso que o salvou, trai a promessa do meu mundo, mundo esse onde não existe lugar para a mentira, para desculpas, mentiras, mundo esse onde tudo é tão incerto mas ao mesmo tempo perto, onde uma lágrima minha é uma

Raio

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Sou um viajante sem alma ou coração, sou um viajante frio e sombrio que nunca teve o seu final feliz. Sou aquele que vagueia entre os mundos, o que passa e ninguém vê, o que chora e ninguém ouve. Sou um viajante que se encontrou no deserto, e quando dei por mim tu estives-te sempre á distância de um simples “olá”, conto as horas, os minutos para te puder dizer o quando tu és importante, e sabes porque? Porque hoje faz um mês, um mês que de repente fiquei tão diferente, onde dei a volta tão devagar que nem sai do meu lugar, tenho de agir e deixar de pensar, deixar-me levar pelo que sinto e não pelo que me dizem. Sou um viajante que fez um juramento, até que do dia para a noite apareceu um raio de Sol no meu mundo, e do nada mudou, mudou tudo o que existia, faz hoje um mês que tudo mudou. Mudaram as sombras, os amigos, os sentimentos, sei que as palavras levam-nas o vento, mas o que digo não, o que digo e sinto fica bem preso na terra ao dia em que essa semente morra, até ao dia em que m

Rasteira

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O amanha é uma incerteza, o hoje é ainda mais, o passado é uma certeza conseguida onde choro ao recordar e sorrio ao reviver. Mas para que reviver o passado ou chorar as recordações? Nesses tempos sabia o que queria e quem queria, sabia definir-me como ser, pessoa, cantava o que sentia, vivia num oceano de sentimentos, até ao dia em que do nada uma tempestade fez-me olhar em volta e perceber que sim, estava sozinho, os amigos estavam lá nas gargalhadas mas nas lágrimas estava sozinho, o amor? Esse fez-me acreditar no “Amo-te”, quase que me fez acreditar nessa ilusão, até ao dia em que prometi a mim mesmo que nunca mais iria gostar de ninguém. Hoje digo que o destino me pregou uma rasteira, fiz novas amizades, conheci outros mundos, outros sorrisos, hoje digo que estou numa transformação, não me sei definir como ser, pessoa, simplesmente sei que esta mudança me fez conhecer aqueles a que chamava de amigos mas um simples beijo mudou essa palavra, esta mudança fez despertar o meu coração,

Hoje

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Hoje não falo de mim, de ti, vocês. Hoje o amanhã parece incerto, as horas pararam no ponto de saturação, o Sol foi coberto pelas palavras, a Lua parou em Marte e o mar congelou ao vento. Mas mesmo assim o ser humano caminha, sorri, chora, até ama, ninguém repara no que se passa, ninguém percebe que o Mundo está a parar, serei só eu? Será que fui eu que parei no tempo do incerto? Olho em volta, e percebo que não, percebo que estou na mesma linha temporal que o resto do ser humano, no mesmo espaço. As horas pararam, mas mesmo assim vejo os comboios a ir e vir, coberto de humanos que caminham como robôs, ninguém olha para as horas, ninguém repara no Sol, ninguém contempla o mar e muito menos alguém sente o vento. Será que ninguém sente?! Penso em gritar bem alto até que a Lua estremeça, até que o Sol fique vivo, até quebrar o gelo, mas não, nada acontece a não ser os olhares dos humanos, olhares frios. Hoje o amanhã parece mais incerto, o Mundo parou de vez, não falo de mim, de ti, vocês

Falei

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Quis saber o porque, quis dizer-te o que sentia, quis sair do poço antes de chegar ao fim e ficar para sempre como viajante. Não posso esquecer, não posso apagar, não te posso matar, pois isso não iria mudar o que sinto, simplesmente perguntei por mim, quis saber quem sou, o que faço aqui, de quem me esqueci, quis saber de ti. Perdi o coração, jurei a mim mesmo que não o iria voltar a ter, não iria voltar a olhar para tal sentimento que me pudesse magoar. Sim! Sim, lutei contra isto, mas mesmo tempo lutei contra sombras para puder ir atrás do que me fazia bem, tudo isto para puder ter um simples olhar vindo de ti, não pedia um beijo ou gesto, o teu olhar bastava. Sabes o porque disto? Porque numa sala de 1000 pessoa, foste tu que me agarras-te, sabias quem me rodeava mas mesmo assim ofereceste-me a tua amizade, o teu carinho, mas do nada o silêncio veio e levou isso, levou o olhar, o falar, levou-te a ti mas deixou-me a mim e não, não penso mal de ti, pois todos somos humanos, e eu, mu

Fundo

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Quero amar e não falhar, quero ir e não vir, quero ser e permanecer. O fundo do poço onde tenho o fracasso está cada vez mais próximo, cada vez mais certo de mim, não se pode correr para sempre, e o preço a pagar é elevado, é duro de viver assim, é duro acordar e a primeira coisa que nos comanda o pensamento é isto, é querer terminar a viagem neste mundo onde o silêncio e a escuridão governam mas ao mesmo tempo não, não quero terminar não quero despertar quero ficar o viajante que me tornei, não o Aladino, não o ser feliz nem sorridente, muito menos o ser que te amou! Oiço, sinto, cheiro, o fundo do poço está sensivelmente a dois, dois leves suspiros de adeus e lembrança envolvidos em mágoa, a ternura? Essa não tem lugar aqui, o fundo está mesmo aqui e a cada aproximação torno-me mais frio e sombrio, o fracasso é algo que comanda, o silêncio governa a escuridão realiza o meu sonho de viajante, de puder viver para sempre neste mundo só meu, já não quero fugir do fundo desse poço, é algo

Sou Viajante

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Fugir, correr até ficar sem ar, morrer para o mundo no seu ser por completo, é assim que quero estar, que quero ficar, que me quero sentir. Sou viajante num mundo onde a escuridão e o silêncio governam sobre algo a que pensamos ser a felicidade, mas o que é isso? Será que todos temos esse direito? Direito á felicidade? Ou uns têm a felicidade e outras a dita falsa felicidade? Neste mundo onde viajo sozinho, nada temo a não ser o fundo, o fundo de um poço que significa um fim, um adeus a todos aqueles que permanecem no outro lado da fronteira feita de ilusão e lágrimas, fronteira essa que divide o meu mundo do mundo onde a felicidade é algo que se consegue com uma mentira, uma desculpa. No meu mundo descobri que uma desculpa é pior e mais terrível que uma mentira, descobri que as sombras que por lá passam são só isso, sombras! Por fim descobri que o silêncio não significa esquecimento mas sim desprezo, repugnância! Sou viajante no meu mundo, é ai onde choro quando vejo as sombras que ou

Fui Por Ti

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Minto se disser que fui feliz em plena noite de sábado (06/03/10), fui feliz metade de uma noite, metade de um beijo, beijo esse que me depois me fez sentir um suplente, nada mais que isso mesmo. Beijo esse que me acalmou a alma, mas um simples gesto teu me faz sentir eu próprio, talvez o erro tenha sido meu, dei tudo assim do nada, talvez fui um ser chato para contigo, enfim, não sei mesmo. Apenas sei o que agora sinto dentro de mim e não, não tens culpa, cada um é responsável pelas suas acções. Menti quando me fui embora, precisava de olhar em mim, precisava de reconstruir uma noite em que fui por ti, acalmei o sentimento na praia e recordei no jardim, chorei mas mesmo assim não me arrependo de ter ido naquela noite, de te ter beijado, de ter ido como fui, certamente quem estiver a ler isto não vai perceber o que se passou, mas até a própria razão tem razões que desconhece, até o meu sentimento tem lágrimas que odeia, até o meu coração tem feridas que ficam mais fundas a cada silênci

Human

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É da natureza humana, olhar para o passado. Para o caminho que percorremos, para o que nos foi definido até agora. Mas apenas deixando o nosso passado para trás poderemos seguir adiante. Para um amanha desconhecido, para o amanhecer de um novo futuro. Para a luz de um novo começo.

Momentos

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A minha alma não tem querer nem saber, não sente culpa nem vontade, não sente dor nem amor. É assim que me defino, é assim que me olho todos os dias ao espelho, é assim que me deito e acordo a cada amanhecer. Não sou mais nem menos, não sou actor nem professor, sou simplesmente quem faz escolhas da sua vida, quem procura o seu próprio caminho, alcanço as minhas metas e mato os meus próprios demónios sejam eles quem forem! Recomeçar, algo que qualquer ser humano tem medo de fazer, pois o receio de perder algo está sempre gravado no seu saber, mas para mim não, perdi esse receio, perdi o medo de recomeçar e agora sim, encontro-me no princípio do fim, um caminho complicado sim, mas complicado quando a força de olhar em frente é falsa, são meras palavras! Não me considero má pessoa, simplesmente agora digo que sou uma pessoa sombria e fria, sou aquele ser que em tempos fez tudo pelos “amigos” e quando precisou ficou sozinho, sou aquele que por amar a pessoa errada perdeu as pessoas que pen